quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Manoel e a arte de transver o mundo.



A maior riqueza do homem
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como
sou - eu não aceito.
Não aguento ser apenas um
sujeito que abre
portas, que puxa válvulas,
que olha o relógio, que
compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora,
que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem
usando borboletas.

Manoel de Barros


Abraços,
Juliana Gobbe

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