sábado, 30 de abril de 2011

Fragmentos da memória.

Memórias

São conexões de tempo e espaço. São reinterpretações individuais de fatos ou sensações que por algum motivo nos impressionaram no passado e que devido o efeito cumulativo e transformador do tempo são pensadas e percebidas no presente. É uma espécie de nostalgia (dolorosa ou não).

Dominique de Castro


Memórias

A família unida a contar histórias, com o passar dos anos tudo só ficou na memória.
Com o falecimento do pai, a estrutura familiar foi embora.
Hoje restam os irmãos , a mamãe doente... sem memória.

Idinês Santos de Andrade Silva



Lembranças...

Abraços,

Juliana Gobbe


terça-feira, 26 de abril de 2011

"UM CHAPÉU PARA A VIAGEM."

Na próxima oficina do espaço de criação literária faremos um passeio pela obra de uma das mais importantes memorialistas do Brasil: Zélia Gattai. A autora deixou-nos um legado de amor e encanto pelas histórias vividas e documentadas em livros, tais como: Anarquistas graças a Deus, A casa do rio vermelho, Chão de meninos entre outros.
Como bem escreveu Ecléia Bosi em seu festejado livro Memória e Sociedade: " A memória é um cabedal infinito do qual só registramos um fragmento."




Local: Biblioteca Municipal de Atibaia - SP
Dia: 30/04/2.011
Horário: 10:00h.

Abraços,

Juliana Gobbe

sábado, 23 de abril de 2011

CINEMATECA BRASILEIRA HOMENAGEIA LYGIA FAGUNDES TELLES.

A Cinemateca Brasileira homenageará a escritora Lygia Fagundes Telles com uma mostra de filmes baseados em sua obra.
Chegando aos 88 anos, a escritora ressalta: ..."na vocação para a vida está incluído o amor".






LYGIA FAGUNDES TELLES
Cinemateca Brasileira (lgo. Senador Raul Cardoso, 207, 0/xx/ 11/3512-6111) São Paulo.
 26 de abril  a 15 de maio
Mais informações: www.cinemateca.gov.br

Abraços,

Juliana Gobbe

sexta-feira, 8 de abril de 2011

João e o céu.


CABRAL...
      CAVOU VIDA
EM SEVERINOS TEMPOS
              TROUXE O POVO  AO CENTRO
                                   JOÃO ERGUEU-SE EM INÚTEL VONTADE
                         CHAGAS E DESCASOS AINDA DANÇAM SOLENEMENTE.



                      céu

                  o

               e

João



João que é pessoa nordestina sismou que a exemplo dos companheiros da torre de Babel, construiria uma babel nordestina rumo ao céu. São anos de construção, tijolo por tijolo que edificam uma longa escada, e justifica a estada do homem no semi árido brasileiro. João quer o sol, quer ser uma estrela, não como essas de cinema que tem uma vida curta, ele quer explodir diariamente, e fixar sua morada entre uma nuvem e outra. Certo dia João embriagado teima em fazer certo reparo na obra, quando estava lá pelos duzentos metros, ele cai feito merda no chão. Conseguiu enfim chegar ao céu, mas nunca imaginou ele que seria simples assim: para se alcançar o limite se atire de cabeça, isso pode espalhar seu cérebro por ai, mas com certeza te fara esfriar a cabeça.

Geovani Doratiotto.



Abraços,

Juliana Gobbe

sábado, 2 de abril de 2011

Thiago Cervan: A poesia pede passagem.

Thiago                                       olhar

                                                               desconstrução                                                         consciência

                                                                                         

palavras                                                                    ruptura


                                  divergência


                             


Ala Jovem -Publicidade e poesia: Convergência ou divergência?

THIAGO CERVAN -Na minha vida a publicidade é meu ganha-pão e a poesia é uma necessidade. Posso trabalhar desenvolvendo várias outras atividades, mas não posso viver sem poesia.
A publicidade utiliza-se de recursos artísticos para divulgar bens ou serviços, e a palavra, é um desses recursos, neste sentido a publicidade dialoga com o universo artístico. Para criar, seja poesia ou publicidade é preciso ter repertório, aí vejo a convergência entre poesia e publicidade, embora tenham finalidades diferentes e conflitantes.

    
Ala Jovem -Como se dá o processo de criação da poesia visual?

THIAGO CERVAN- Acredito que seja algo mais próximo à intuição. Não há muita lógica. Como qualquer outra produção, pesquiso muito, observo e busco conhecer autores e teóricos do assunto para desenvolver um trabalho consistente.


                                                                                                                               
Ala Jovem - Qual é a influência do escritor Marcelino Freire no seu trabalho literário?

THIAGO CERVAN - Em muitos contos que escrevo busco aproximar o texto da oralidade, e Marcelino faz isso como ninguém,  com certeza é o contista contemporâneo que mais me agrada.  Mas, sou influenciado por muita gente boa. Gosto de Bukowski, Eduardo Galeano, Serginho Poeta, Leminski, João Antônio, Chacal, Jack Kerouac,  Julio Cortázar, Binho, Dostoiévski, Émile Zola, Bandeira, José Rezende Jr, Saramago, Oswald de Andrade, Alice Ruiz, dentre outros. 


Ala Jovem- Afia-se ou não um verso fiado?

THIAGO CERVAN - Em toda minha produção busco o minimalismo, gosto de haicais e poemas curtos que de alguma forma consigam produzir efeitos prolongados , não gosto do poema pronto,  gosto do poema inacabado, tento fazer com que minha poesia se complete na cabeça do leitor/ouvinte.  

Ala Jovem - Uma leitura delirante?

THIAGO CERVAN- Pode ser dois?(risos).  “Homens e Caranguejos” de Josué de Castro e “A Ilha” de Aldous Huxley.

Ala Jovem- Quais são os rumos da Twiteratura no Brasil?

THIAGO CERVAN - Sinceramente não sei.  Os movimentos na internet surgem e desaparecem com a mesma rapidez. Há cinco anos o Orkut era a maior rede social do mundo, hoje, está às moscas.  Com o twitter pode acontecer a mesma coisa, fato é que o twitter contribuiu para a divulgação dos microcontos, que apesar de não ser algo novo ganhou espaço e notoriedade graças à essa rede social. 

Alguns microcontos de Thiago Cervan:

Bico de sinuca
Tomou mais um gole daqueles e preparou o taco. Parou. Olhou, olhou, até que viu sua mulher soltando fogo pelas ventas na entrada do bar.

SP
Chegamos. Aqui que é São Paulo. Vá ali e compre um escudo.




Sem forma revolucionária não há arte revolucionária.
Vladimir Maiakovski


Abraços,

Juliana Gobbe