quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

TIZUKA YAMASAKI


Desde os irmãos Lumière até os dias atuais a grande tela nos arranca do chão promovendo ficção através do nem sempre doce cotidiano.
O surgimento do cinema contribuiu para a vivência estética, cultural, e, principalmente social de várias gerações.
O cinema brasileiro passando por contexto econômico diverso do americano, encontra em seus diretores um trabalho de vanguarda que o coloca entre os melhores do mundo.
Dentre os diretores nacionais, destacamos uma das mais brilhantes : Tizuka Yamasaki. Consagrada internacionalmente, a diretora domina como ninguém a linguagem da sétima arte. Parafraseando Chico Buarque: “Ela faz cinema, ela faz cinema, ela é demais.”

                                                       
                                                                         Foto: Estevam Avellar    
 

AJ- Como se deu sua aproximação com o cinema?

TIZUKA YAMASAKI- Meu primeiro interesse por cinema foi com o filme O Pagador de Promessas, do Anselmo Duarte que foi reproduzido aqui ( Atibaia –SP), no antigo cine Itá.  O filme, tão diferente dos filmes que seduziam a nossa geração adolescente,despertou-me uma curiosidade que nunca havia acontecido antes. Não sabia exatamente o que era. Só nos anos 70, quando fui fazer a Universidade de Brasília, e, participando de uma matéria chamada "Oficina Básica de Cinema", meu coração pulsou  fazendo me apaixonar pelo cinema.

AJ- Qual é a avaliação que você faz do cinema brasileiro na atualidade?

TIZUKA YAMASAKI- Temos os melhores temas, equipes técnicas e criativas da melhor qualidade, muita experiência e muita luta para dar continuidade ao cinema brasileiro. O que falta são salas exibidoras para o filme nacional,  pois foram construídas para exibição dos grandes lançamentos, principalmente os de Hollywood.

AJ- Qual foi o melhor filme brasileiro que você viu nos últimos tempos?

TIZUKA YAMASAKI- Vou citar apenas alguns filmes brasileiros que ficaram na minha memória: O Amuleto de Ogum, Tropa de Elite 2, Kenoma, Terra em Transe, Macunaíma e Como era Gostoso o meu Francês. 
                                                    
                                            Foto: Estevam Avellar


 AJ- Qual é a função social do cinema?

TIZUKA YAMASAKI- Fazer o brasileiro se orgulhar de quem é, se reconhecendo nas telas através de seus gestos, sua fisionomia, seu jeito de ser, seus risos, sua voz, seu olhar, como interessantes protagonistas da vida.

AJ-O que você pensa sobre o fechamento das salas de cinema no país, tais como, o Cine Belas Artes em São Paulo?

TIZUKA YAMASAKI- Lamentável.

AJ-O seu último filme: Aparecida - O milagre utiliza-se em grande escala da temática da fé. Qual foi a sua intenção ao dirigí-lo?

TIZUKA YAMASAKI- Primeiro não frustrar o público católico, depois cativar o público não católico com um filme que não pretendeu ser doutrinário. Quis fazer cinema.

Eis algumas indicações de filmes dirigidos por Tizuka:
Gaijin, Caminhos da Liberdade, Parahyba Mulher Macho, Patriamada  e o mais recente lançado em dezembro de 2.010: Aparecida - O Milagre. Eis o trailer desta comovente história:




SALVE TIZUKA!

Abraços,

Juliana Gobbe




Agradecimentos: Estevam Avellar
                            Vitória Produções





















 

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